O mundo foi pego de surpresa com a morte do papa Francisco, de 88 anos. Entre os comovidos está Gustavo Simonassi, o fisioterapeuta brasileiro do Torino, da Itália. O profissional nascido em Avaré, estava a caminho de Gênova, quando sua equipe foi informada da morte do sumo pontífice. Por este motivo, o jogo foi cancelado.
Ao ge, o fisioterapeuta — que está desde 2019 no equipe sub-20 e que também teve passagem pelo principal do Torino — contou que nunca tinha presenciado algo parecido, ao ver a cidade inteira mergulhada em um silêncio que parecia o de uma derrota em final de Copa do Mundo.
Em 2022, na ocasião de uma visita do papa Francisco à cidade de Asti, na região do Piemonte — a cerca de 40 minutos da casa de Gustavo Simonassi —, o fisioterapeuta conta que saiu às pressas para poder ficar próximo do papa, já que Francisco é conhecido por estar sempre perto do povo.
Gustavo Simonassi explica que, diante da distância da família que está em Avaré e do período difícil da pandemia, aquele momento em que esteve próximo ao papa foi de profundo agradecimento.
– Só pensei em agradecer: pela minha família que estava bem, por tudo de bom que aconteceu e acontece na minha vida, por estar ali naquele momento – diz.
PAPA E O FUTEBOL – Como a maioria dos sul-americanos — e especialmente os argentinos —, Gustavo Simonassi lembra a paixão do papa Francisco pelo futebol e pelo San Lorenzo, clube fundado por um padre católico e que, em 2013, conquistou seu único título da Libertadores.
– Para a gente, sul-americano, o papa sendo argentino e torcedor do San Lorenzo, para quem trabalha com futebol, saber que Francisco compartilhava desses mesmos sentimentos é fantástico. É difícil termos um papa com essa ligação com o esporte. A gente via o sorriso e o brilho nos olhos dele quando recebia algum time ou seleção no Vaticano. Quando as equipes de futebol da Itália vinham, ele sempre as acolhia muito bem. É legal ver essa proximidade dele com o esporte – comenta.
Gustavo ainda relembra a visita que fez ao Vaticano, onde pôde conhecer o museu da Basílica de São Pedro. Além da arquitetura e das obras de arte, o que mais o impressionou foi a quantidade de presentes esportivos — de equipes de futebol, seleções e outras modalidades — recebidos pelo pontífice.
– Em um espaço que há lá dentro, eu pude ver camisas de futebol, inclusive uma da seleção brasileira autografada pelo Rei Pelé. Também vi uma réplica da Taça Libertadores do San Lorenzo, conquistada em 2014, além de luvas de goleiro e a camisa 10 de Lionel Messi. É algo que vou guardar no meu coração: poder ter visto o papa de perto e ainda saber que, assim como eu, ele também é apaixonado por futebol – finalizou emocionado.
FONTE: G1/GE